3º diálogo
Buscador: Caro Satyavan, "O nome do jogo que jogas
agora é entretenimento"...claro! porque? ou melhor porque NÃO?
Investigar...o que viria a ser o karma, maya ou mesmo o prana? Seria
trágico se não fosse hilário o quanto a resposta seja óbvia. Ocupar-me,
mas, ocupar-me de quê mesmo? RS Aaah claro, o "show". Bom, quem sabe
faz, quem não sabe assiste. Contanto que paguem, não estou fazendo
caridade RS (brincadeira mercenária) Esse recado pode parecer meio bobo
neste momento. Voltarmos as mesmas perguntas, quem sou, quem é
você...afinal, dá pra confiar nessas memórias? Toda a lenda se repete, e
como o senhor mesmo declarou, um dia, "isto será um épico". E
escrevendo isto o que me deixa em dúvidas é se um dia voltarei a vê-lo
ou se o Mestre Satyavan me dispensou para sempre em sigilo. Eu ouvi uma
vez em uma canção que "a proximidade distancia". Talvez nunca mais nos
encontremos e isso possa ser ótimo. Mas faz parte do meu show, dar uma
de peter pan e morar na terra do nunca. rs Paz e Luz
Satyavan: Bom dia querido! Eheheheh quantos pontos
abordados... Sabes, a comunicação tem realmente dessas coisas, é que as
palavras são em si são vazias de significado, é a empatia que faz com
que a comunicação realmente aconteça. A chave: Um coração que transborda
e um coração que anseia receber. Se não há empatia entre o emissor e o
receptor, a comunicação ou fica deficiente, ou simplesmente não
acontece. O que acontece é um outro fenômeno, bem comum nos dias de
hoje, as palavras partem do emissor com um significado X, e quando
chegam ao receptor, este (o receptor) atribui o seu significado às
palavras, e a mensagem original perde-se desta forma, restando apenas
confusão. Os textos que vais encontrar aqui nenhum deles é literal, nem
um pouco... é como se estivesse encriptado... Então o teu comentário
refere-se ao teu texto eheheheh, convido-te e ler o meu texto! Mas para
isso vais precisar do código e ele se chama empatia/amor entre emissor e
receptor. Terás de vir ao texto ao invés de levar o texto a ti!
“Investigar...o que viria a ser o karma, maya ou mesmo o prana?” eheheh,
sim é que a maioria imagina que eu me refiro... Investigação em nada
tem a ver com isso... isso é apenas e só investigar o sonho...
entreter-se... “Quem sou, quem é você... afinal dá para confiar nessas
memórias?” eheheh... a segunda pergunta (quem é você), anula o propósito
da primeira (quem sou)... A investigação de quem sou, em nada tem a ver
com personalidade/corpo cenário, e a história do mesmo é a isso que se
refere a memória... teoricamente poderá até haver a noção que não se é o
corpo, mas na prática é essa a verdade implícita/agregada por detrás de
cada e toda aparente ação... O épico de que falei é diferente daquele
que entendeste... Enquanto houver tanto deslumbre pelo sonho, estas
palavras serão encriptadas e não haverá código... Mas no teu “caso” sei
que o “sonho” não tem assim tanto poder, já sabes demasiado em ti, e
isso torna cada vez mais difícil conciliar... esses ciclos de desespero
vs esperança são bem mais avassaladores, mas precisas amadurecer... Eu
não dispenso nenhum de vocês, eu apenas vos aguardo pacientemente, e
estou sempre aqui. Será que queres mesmo vir aqui, ou ainda estás bem
aí? Cuidado eheheh estas palavras poderão parecer encriptadas...
dependendo do foco! O homem da barca espera pacientemente aqueles que
desejam atravessar o rio, ele não procura ninguém, ele apenas aguarda...
ele conhece bem o seu rio, e sabe que apenas poderão atravessar o rio,
aqueles que não tiverem mais interesse pela margem, ou pelo menos quando
a vontade de atravessar o rio for superior ao interesse pela margem...
vários tentam em vão colocar um pé na barca, e ficar com um pé na
margem, e a maioria desses, descobre que quando a barca se começa a
mover, imediatamente tiram o pé da barca, permanecendo na margem... O
homem da barca sabe que aquilo que todos buscam realmente, se encontra
depois do rio, e não na margem, mas enquanto a margem for tão preciosa
ninguém acreditará nele. Apenas o sofrimento (constatação do óbvio
acerca da margem) poderá até um determinado ponto ajudar a largar a
margem... enquanto isso, o homem da barca aguarda... Não esclareci os
pontos, apenas mostrei o equivoco nos mesmos, se tiveres interesse
investiga um pouco mais...
Buscador: Caro Satyavan, Decifra-me ou te devoro. Será
que temos mesmo opção? No momento que nos conhecemos, percebemos que o
caminho é sempre um só, mas as "possibilidades" são múltiplas... Eu já
"encontrei" esse homem da barca e já atravessei o rio. RSRSRS O que
encontrei? Hum, simplesmente digo que algumas coisas não devem ser
ditas, pois o amor dispensa palavras. Também espero pacientemente.
Talvez pelos mesmos motivos que o Senhor também espera. Aiai, "Mestre".
Claro que o Senhor diria palavras como esta. Mas será que te passou que
esse seria o também seria meu texto? A minha resposta? Sei que o
senhor...bem...prefiro dizer que só sei, ou melhor, sinto, que sua
presença é assim. Esta não é uma questão para mim de observação mas sim,
de vigilância. E não sei se percebi seu épico. Mas eu percebo o meu:
"Todos os dias é um vai e vem, a vida se repete nesta estação, tem gente
que chega pra ficar, tem gente que vai pra nunca mais, tem gente que
veio e quer voltar, tem gente que vai e quer ficar, tem gente que veio
só olhar, tem gente a sorrir e a chorar..." E sim. Esta também é uma
mensagem encriptada. Mas o senhor tem entendimento, mesmo que seja, ao
teu modo. Irá entender. Lembro de já ter chorado contigo. Um dia, quem
sabe, chorarás comigo. Paz e Luz
Satyavan: Olá querido :) As palavras que te enviei são
precisas e perfeitamente adequadas a este momento, vê bem para onde
elas te levam... As perguntas que surgem "aí" mostram-te qual a tua
ilusão. Quanto ao homem da barca ainda não conheceste meu querido, se
falas de amor então conheceste a "barca", o que por si só essencial, mas
ainda não conheceste o barqueiro, nem tampouco cruzaste o rio. Conheço
bem o significado das tuas palavras, daí a reposta, e não, ainda não
entendeste o teu épico, apenas acreditas ter entendido... essas certezas
trouxeram-te até a esse ponto, num mundo estéril de compreensão, mas
também elas sucumbirão, pois já cumpriram o seu propósito, não tem como,
nem porquê ser diferente. Quando essas certezas perderem o seu valor,
aí será a hora do reencontro... e isso será inevitável meu querido!
Quase no final, imediatamente antes de cruzares o rio, chorarei contigo
no esplendor da alegria. Até lá aguardarei o esvaziar da tua taça.
Buscador: Sendo assim, em uma coisa você pode estar
certo: eu ainda nem comecei. As perguntas são meramente ilustrativas. As
respostas igualmente propositais. O que eu vigio é a sucessão dos dias,
mas o que aguardo é o fim. O que será de mim até lá? Isto que sempre
fui. Só estou aqui pela Terra e pela humanidade. Existem muitas formas
de amar, mas o meu amor é único. E que assim seja: Brahma-Vishnu-Shiva.
Até o seu próximo post inspirado.
Satyavan: Isso mesmo meu querido... a sucessão dos
dias, e o aguardo do fim... e isso em nada tem a ver com "O Épico", isso
é completamente desinteressante, é automático mecânico! É apenas uma
surpresa constante do ponto onde te encontras no conhecimento/realização
de ti. A todo o momento surge aí naquilo a que chamas o teu espaço
íntimo de percepção: sensações, emoções e sentimentos, que imaginas
serem teus, serem reais, e parecem desencadear desde pequenas oscilações
até verdadeiros cataclismos, e isso faz parte da peça, do
entretenimento... isso irá continuar até ao tal fim, e depois recomeçar,
incansavelmente... sei que conheces um pouco da "grandeza" mas a
associas com isso (corpo/cenário) por onde a experimentas agora. Em todo
esse tempo que observas o desenrolar automático mecânico daquilo a que
chamas a tua vida (a vida do corpo), o mais importante passa
despercebido, aquilo aí que observa, a Fonte de Esplendor que és Tu. De
que humanidade falas se apenas Tu existes, se És Totalidade? Muitos dos
problemas que tens experimentado tem sido pelo fato de trazeres
"demasiada bagagem"(conhecimento de ti) para colocar num guarda roupa
minúsculo (complexo corpo/mente), a percepção do esplendor... O Épico é a
Realização da fonte do Esplendor, em nada tem a ver com a vida do
corpo/mente! No que diz respeito ao corpo/mente, tudo isso se
"cumprirá"... "Trazes em ti" um pouco da percepção do Esplendor, falta
mergulhar na fonte e diluires-te "Nela". Isso (a vida do corpo/mente) já
não te convence muito, ainda assim não encontras alternativa e
"continuas"... no sonho, o inicio é o prenúncio do fim, e o fim o
prenúncio do início! Enquanto a importância se encontra no sonho será
assim como tens experimentado. De fato o "sonho" ou seja aquilo que te
parece real, que parece ter um propósito é apenas entretenimento,
distração do Real... enquanto a importância for atribuído ao sonho, o
mais importante passará ao lado e o sonho cumprirá o seu propósito real:
te distrair! Naquilo a que chamas de sonho, quando imaginas que dormes,
experimentas mundos completos, desenrolar de acontecimentos, um corpo,
um cenário, e uma humanidade...quando "acordas" aquele mundo ao qual
chamas de real "emerge"... de onde veio o mundo sonho e para onde é que
ele foi? E de onde veio o mundo ao qual chamas de Real e para onde ele
tinha ido? A certeza do propósito e a importância associada ao mesmo tem
sido o pacificador das águas da turbulência do inconformismo com aquilo
que parece ser real... Mas será mesmo assim? Te garanto que não! Tudo
isso terá de ser rompido! Precisarás colocar a bagagem de lado como se
de nada soubesses, o inconformismo será o maior aliado! Tu não és o
corpo/mente, um ser na humanidade, tu és Totalidade! Desperta para ti!